quarta-feira, 30 de junho de 2010

E se passar? Passou!

Passado. O dicionário define como “que passou; decorrido, findo”; ou “que passou de tempo; avelhantado, velho”; ou ainda “diz-se do fruto que começa a apodrecer”.

E eu começo com a definição porque esses dias, uma amiga da redação enviou um email coletivo contando que, encorajada por outra colega do grupo, tinha mandado um email para um antigo, talvez primeiro amor. Daqueles de pré-adolescência!

Ao ler, confesso que chorei. Mas, mesmo que a emoção tenha me tomado de jeito. E tomou. É por outro motivo que ela não sai da minha mente.

Antes, preciso abrir um parêntese para dizer que me veio, como um filme de terror, toda a novela da minha paixonite de adolescência. Sofri horrores. (em resumo, eu fui perdidamente apaixonada por ele por uns cinco anos. Que vergonha! E nunca tive nadica de nada com ele).

Agora sim, o real motivo pelo qual essa coisa toda continua na minha cabeça: vale pena remoer passado? Que resposta ela poderia ter?

Fui atrás. Perguntei a ela o porquê daquela mensagem tantos anos depois do último beijo. Ela me respondeu que precisa ‘se libertar de um sentimento’. Eu não entendi muito bem.

Por anos, tentei conquistar minha paixãozinha de adolescente. E mesmo depois de passada, não sei se tão passada assim, quis e acho que ainda quero provar.

Não consigo acreditar na liberdade desse sentimento. Radical? Verdadeira, eu diria.

Eu não consigo negar, e ele sabe muito bem disso, o quanto ainda gosto dele. Durante anos tentei me convencer de que poderia ser apenas uma amiga e fui. Até que... percebi que enquanto ficasse perto dele, o sentimento mesmo que abafado, machucaria.

Preferi me afastar. Foi a melhor decisão. Agora, só guardo boas lembranças de tudo isso. Se perguntada sobre o que sinto por ele. Não negarei: é algo forte, ainda. Mas que eu me esqueço de lembrar.

E vivo... intensamente tudo. Como se o mundo fosse acabar amanhã. Sem arrependimentos pelo que fiz e com muito lamento pelo que não fiz! Mas com a esperança de que nunca é tarde...



Obs. - Post especial. Totalmente dedicado a quem me inspirou a escrevê-lo. Mas como uma das políticas informais do blog é manter o sigilo e segredo da fonte... fica aqui o registro: "é pra você!"

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